quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Preconceito= Pré-conceito = Pré-juízo = Prejuízo

Muito lúcido, em todas as suas colocações, o deputado federal Jean Wyllys.
Considero de extrema importância que todos os segmentos da sociedade, independente de suas orientações, se manifestem quando surgem colocações tão preconceituosas como esse artigo da revista Veja, porque já assistimos historicamente, inúmeras vezes, para onde somos conduzidos quando nos silenciamos e abrimos as portas para afirmações e atitudes fundamentalistas!
Nesse caso específico, infelizmente, ainda há pessoas que pensam que orientação sexual é uma opção. A escolha só existe entre você ser quem realmente você é ou ser cópia de alguém que você não é e se contentar em ser um rascunho de si mesmo, porque quem nós somos afetiva e sexualmente depende de uma construção a partir de sensações, experiências, vivências...
A nossa sexualidade é inseparável de nós mesmos. Imagino o que causa em certas pessoas tanta dificuldade de compreensão de algo que é tão óbvio. Acredito que para quem têm sua afetividade e sexualidade bem resolvidas esse entendimento é bem fácil. Talvez, a dificuldade exista para aqueles que ainda não amadureceram ou não compreenderam muito bem quem são e ficam incomodados por não conseguirem gostar e desejar com vontade... Isso também explica o comportamento que observo como médica, principalmente entre os adolescentes e adultos jovens, que assumem comportamentos sexuais de risco e/ou equivocados, desconsiderando a importância do que realmente estão sentindo e como estão vivendo essas experiências. Tais comportamentos parecem traduzir gritos anti convencionais. No entanto, depois, vemos as consequencias que surgem no campo físico e emocional através de inúmeras doenças ou desequilíbrios.
Destaco que é importante aguçar a nossa sensibilidade, a nossa percepção e sempre estarmos atentos aos nossos sentimentos e desejos para vivermos uma vida de verdade, uma vida que de fato seja nossa, guiada pelo que emana de nossa essência e não do que nos chega do lado de fora, como padrão de comportamento, independente de nossas orientações sexuais.
(autora: Cris Lopes) 

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