domingo, 16 de junho de 2013

A língua que habita minha boca

















Sou uma mulher de língua rápida e contundente!
As palavras de minha boca não são peneiradas,
Não são filtradas.
Há pessoas que se ressentem e reclamam.
Compreendo.
No entanto, não aprecio o sarcasmo nem quem mente.
Não lanço alfinetadas nem faço piadas!
Como transformar a verdade se a desejo realmente?

Sou uma mulher de língua rápida e contundente
As palavras simples são asas aos pensamentos:
Sinto e falo o que penso do que sinto,
Não sei fingir nem mentir!
Então, como não ser leal aos meus sentimentos?

Sou uma mulher de língua rápida e contundente,
Que gosta de ouvir passarinhos livres no quintal,
Quando mergulha em profundos silêncios...
E, nos meus silêncios, que são muitos e constantes,
Medito, aprendo, desaprendo e conquisto a natureza

De não ser oca a boca que tanto fala em instantes
E oferece essência à minha franca e honesta lingua,
Rápida e contundente; imperfeita, com certeza!
(autora: Cris Lopes)

sábado, 4 de maio de 2013

MENOR INFRATOR

Após assistir um programa televisivo, a quem possa interessar uma reflexão sobre a penalidade do menor infrator...
Penso que existem três níveis de responsabilidade em relação à questão do menor infrator
1- A responsabilidade do próprio infrator menor
2- A responsabilidade da família no contexto de como orientou a formação desse menor
3- A responsabilidade do Estado de quais condições oferece às famílias e ao menor, tanto ao menor de risco quanto ao já infrator, para a prevenção e/ou solução do problema.
No debate todos argumentam seus pontos de vista que justificam as razões pelas quais são a favor ou contra a redução da maioridade penal. Divergem em opiniões, no entanto TODOS consideram que o Estado não está proporcionando condições eficientes plenas à reabilitação do menor infrator. Por outro lado, os números mostram que o Brasil não está sendo eficiente quanto a uma política que realmente construa alternativas para que esse menor não seja captado pela criminalidade, então por qual razão ninguém aponta a impunidade que existe contra o Estado que não cumpre o seu papel? A IMPUNIDADE QUE EXISTE É A DO ESTADO!
Se um avião cai, a companhia aérea é obrigada a indenizar a família do passageiro; Se um empregado morre durante a jornada de trabalho, o empregador ou a empresa são responsabilizados a indenizar a família da vítima, então por que a justiça não é realizada da mesma forma quando um menor infrator mata alguém e o Estado está envolvido na gênese dessa patologia social? A justiça não é imparcial em teoria? Não é justo que em cada homicídio cometido por um menor os três níveis de responsabilidades sejam analisados, apurados e punidos?
As condições que envolvem a família são previstas. O conselho tutelar existe para receber denúncias e a legislação vigente prevê em seus artigos condições para que juízes realizem a suspensão do pátrio poder- a exemplo disso cito:..."Com efeito, dispõe o art. 24 da Lei nº 8.069/90 (ECA) que a perda do pátrio poder será decretada judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na lei civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
O art. 22 do ECA, por seu turno, refere que aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.”
A questão do menor infrator que está em discussão não se refere à impunidade, e sim quando a penalidade é deve ser aplicada. As condições que envolvem o menor são frágeis e podem e devem ser abertos os questionamentos de COMO essas penas estão sendo aplicadas.
No entanto, por que nenhum dos jornalistas presentes nesse debate, nem o pedagogo, nem a professora de direito penal, nem o sociólogo, nem os pais do menino assassinado, nem o promotor apontam que o Estado precisa ser penalizado quando identificado que, na análise de cada caso, sua omissão ou falta de eficiência contribuiu para o seu desfecho trágico? Como penalizar o Estado? Por que as famílias de vítimas não processam o Estado? Por que não clamam pelo basta a essa impunidade!
O menor que mata alguém não é mais uma criança- é bandido- não há dúvida, mas e o processo todo que antecede a isso? Uma pequena minoria surge de famílias bem estruturadas, nas quais nada lhes falta (acredito que nessas há grande percentual é de equívoco, já que algumas pessoas confundem o prover material com o abrigo, o aconselhamento emocional, a atenção, o amor que toda criança precisa para se desenvolver), contudo a grande maioria dos menores infratores se origina de famílias capengas, nas quais só abunda a falta. Faltas que não são solucionadas até o presente. O sistema e a política são ineficientes e desdenham necessidades básicas sociais urgentes...
Como vamos resolver essa questão se até os dias atuais o Estado foi incompetente? Qual o milagre que vai acontecer para que essas questões possam encontrar solução? Falta dinheiro? Mas nós brasileiros pagamos impostos e mais impostos. Impostos que estão entre os mais exorbitantes no mundo!
Penso que há mais um nível de responsabilidade nisso tudo, e em muitas outras questões- O NOSSO- O que fazemos enquanto cidadãos para incentivar, criar e buscar novas soluções, novas perspectivas para os problemas crônicos de nossa sociedade? Não somos nós que fazemos as leis, porém somos nós que votamos, somos nós que podemos ajudar, em diferentes esferas, à formação de opiniões mais conscienciosas de massa...
O Brasil desde o seu descobrimento cultiva a mentira ou o silêncio. Somos uma sociedade que é portadora de uma doença crônica: a mitomania- contamos, repetimos mentiras e acreditamos nelas! Ou simplesmente silenciamos, ficamos quietos... Para que fazer alarde se as pedras estão sendo jogadas no telhado do vizinho? Até o dia que a pedra arrebenta a vidraça da sua, da minha casa, então conseguimos criar coragem e ao menos questionamos, escrevemos, divulgamos o que pensamos e sabemos que é verdade, apesar de muitos fingirem não nos ouvir!!!!
E, enquanto não acordamos para o fato que é preciso agir antes da nossa vidraça ser arrebentada de surpresa pela fatalidade, vamos assistir, durante décadas, discussões capengas. Os holofotes são lançados sobre o menor infrator ou ladrão ou maldito assassino, enquanto o maior infrator, aquele que mata a esperança, que mata o direito a oportunidade, que mata o direito a uma vida digna segue impunimente! Não temos creches suficientes! Não temos escolas públicas integrais suficientes! Não temos cursos profissionalizantes suficientes! Não temos escolas/ espaços de reabilitação suficientes com infraestrutura para realmente reabilitar o menor! Não temos um sistema carcerário recapacitante, que coloque o preso para trabalhar e se responsabilizar pelo seu sustento e o de sua família, enquanto cumpre pena. Onde estão as colônias de trabalho? Um dos países com a maior extensão territorial do mundo não possui espaço para a construção de colônias agrícolas, por exemplo? Todavia possuímos uma infinidade de mazelas educacionais, de saúde, além das de segurança pelas quais eu e você pagamos! Pagamos muito bem para não existirem com eficiência!
"Brasileiro é tão bonzinho..." Até quando?????
(autora: Cris Lopes)

sexta-feira, 29 de março de 2013

Meu Anjo


(Tela de Carl Bloch: Agony in the garden)

Quando fechamos nossos olhos não podemos ver o sol, no entanto ele continua presente. É nesse momento que  precisamos aquietar nossas mentes e permitir que nossos outros sentidos revelem a sua existência...

Prece para os anjos guardiães (O Evangelho Segundo O Espiritismo, Allan Kardec)

Espíritos bem-amados, anjos guardiães, vós a quem Deus, em sua infinita misericórdia, permite velar pelos homens, sede nossos protetores nas provas de nossa vida terrena. Dai-nos a força, a coragem e a resignação; inspirai-nos tudo que é bom, livrai-nos da inclinação para o mal; que vossa doce influência peneire em nossa alma; fazei com que sintamos que um amigo devotado está conosco, perto de nós, que vê nossos sofrimentos e partilha de nossas alegrias.
E vós, meu bom anjo, não me abandoneis. Tenho necessidade de toda a vossa proteção para suportar com fé e amor as provas que a vontade de Deus me enviar.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A EDUCAÇÃO FAMILIAR EM FOCO

Ser pai, mãe ou responsável pela criação e educação de uma criança requer muito amor, perseverança e paciência.
Todos nós sabemos que educar é tarefa difícil, contudo também é uma experiência enriquecedora porque cada criança apresenta características e talentos que lhe são particulares.
Não há possibilidade de se formular regras mágicas para se educar alguém. Assim, se nossos filhos apresentam personalidades muito distintas, ao acertarmos na educação de um filho, podemos errar seguindo o mesmo “modelo” para educar o outro.
Observo, ao longo de 30 anos de experiência como médica pediatra e homeopata, situações que se repetem e que são prejudiciais a um projeto familiar saudável e eficiente de educação. Acredito que muitos pais, com seus anos de experiência, já chegaram às mesmas observações. Aliás, podemos dizer que todas são muito óbvias, no entanto na prática da convivência entre crianças e adultos são comuns. Gostaria de abordar alguns pontos principais desses desacertos com a finalidade de promover reflexões e estimular discussões que possam contribuir para que pais, mães e responsáveis assegurem à criança um bom desenvolvimento físico-psico-social.

- Criança não é um adulto pequeno
Mas nem por isso é preciso menosprezar ou não valorizar o que a criança está tentando falar ou contar. A linguagem da criança pode ser muito simbólica e significativa.
Criança precisa se sentir protegida e acolhida no ambiente familiar.
Criança não pode e não deve participar de todos os assuntos familiares.
Criança não deve ser envolvida em questões que não têm maturidade emocional para compreender e elaborar bem.

- É preciso dar o exemplo
Não faça aquilo que não deseja que seja copiado pela criança. Isso se refere também à linguagem usada dentro de casa.

- É bom que a criança tenha uma rotina diária organizada
É importante conversar com a criança e verificar a melhor maneira de organizar os seus horários conforme a conveniência de todos.
No caso de crianças menores, a rotina deve ser organizada pelos pais.

- Criança precisa saber claramente quais são suas tarefas
É preciso deixar claro para a criança quais são suas tarefas. As tarefas devem ser selecionadas de acordo com a idade da criança.
A princípio, as tarefas são voltadas para as questões da própria criança, como por exemplo: guardar seus brinquedos depois que acaba de brincar; realizar seus cuidados pessoais como escovar os dentes, lavar as mãos antes das refeições, tomar banho; separar roupas sujas num lugar pré-estabelecido, fazer os deveres da escola para casa. Depois, ao longo de seu desenvolvimento, a criança deve ser estimulada a auxiliar nas tarefas comuns a todos, como a de molhar as plantas, secar os talheres, varrer o quintal, dobrar as roupas lavadas, etc.

- Não é preciso bater e desqualificar para dar limites à criança
Uma vez que a criança saiba com clareza quais são as suas tarefas é importante incentivá-la, gratificá-la ou dá-lhe limites conforme suas atitudes.
A criança não deve apanhar ou ser repreendida com adjetivos ou expressões que possam fazê-la se sentir desqualificada.
Penso que o diálogo franco é a melhor opção. Ajuda muito expor com clareza para a criança o quanto é importante que ela assuma suas tarefas e aprenda que há direitos e deveres para todos. Os pais podem e devem ir preparando continuamente seus filhos para conviverem bem com outras pessoas e, para isso, é preciso que compreendam que cada um precisa fazer a sua parte. Só conhecimento ou intelectualidade não garante relacionamentos saudáveis e construtivos. Há que se cultivar o “sentir”, respeitando-lhe o tempo de amadurecimento. Se a criança, em particular, tem mais dificuldade de assimilar suas tarefas, pode ser tentando o sistema de pontos. O importante é que não se faça muito drama ao redor do fato da criança não cumprir suas tarefas- deixou de fazer o que precisava ou fez algo que não deveria fazer é preciso assumir as consequências de suas atitudes, porque ao longo de toda a vida vai ser assim: fazemos escolhas e colhemos os frutos de nossas escolhas.
Se for necessário usar o sistema de pontos, o pratique sem terrorismo- é apenas uma forma da criança visualizar e interiorizar melhor a questão básica que se estabelece no eixo liberdade X responsabilidade, ou seja, quem cumpre seu dever, merece exercer seu direito e vice-versa. Dispense o sistema de pontos tão logo ela compreenda bem suas tarefas.

Sistema de pontos:
Faça um painel em algum lugar bem visível da casa (pode ser até feito com uma folha de cartolina e taxinhas).
De segunda a sexta-feira- cada dia vale um ponto- se no final do dia, a criança realizou suas tarefas, ganha um ponto. Se no final da sexta-feira conseguir 4 ou 5 pontos pode sugerir aos pais algo que goste de fazer, junto com eles, no fim de semana.
Se só conseguir 1 ou 2 pontos deve ser reafirmada a importância de realizar suas tarefas e explicar que os direitos são subtraídos quando os deveres não são cumpridos- prive seu filho de algo que ele considera diversão ou que goste de fazer, mas faça isso sem exagero e de forma que o castigo realmente possa ser cumprido- exemplos: um dia sem brincar na rua, um dia sem ver TV, um dia sem vídeo game...
Se conseguir 3 pontos, deve ser elogiado e estimulado a melhorar, porque já está mostrando seu esforço em progredir, em realizar suas tarefas...


- Criança precisa de atenção diária
A maioria de nós gostaria que o dia tivesse 36 horas. A vida requer tanto de nós que 24 horas é pouco para o tanto que precisamos “dar conta”. Todavia, não é preciso mais do que 15 minutos a meia hora por dia para dar atenção a seu filho e ajudá-lo a ter estabilidade emocional e se sentir uma criança feliz. Não é tanto assim, concorda?
Após chegar do trabalho, relaxe com um bom banho, faça sua refeição e escolha algo para brincar com seu filho. Essa brincadeira pode ser um dominó, um jogo de quebra-cabeça, um jogo de memória, uma revista para colorir. Enquanto vocês brincam, aproveite para conversar com ele e deixar que ele conte como foi o dia dele. O importante é que ele saiba que de segunda a sexta feira vai ter um tempo para brincar e conversar com você. Ao compartilhar brincadeiras, o adulto entra um pouco no universo da criança e essa aproximação promove mais intimidade e favorece o diálogo que é fator primordial para que as dinâmicas familiares se desenvolvam satisfatoriamente. Se você ajuda seu filho com as tarefas escolares, não considere esse tempo como a hora de “vocês”. Assistir um filme ou programa de TV pode fazer parte do dia de “vocês” nos fins de semana, contudo de segunda a sexta-feira, quando o tempo é mais corrido, é melhor que a atividade seja mais participativa. Não use a TV como substituta para a sua atenção e nem queira convencer o seu filho a ter prazer fazendo somente programas que são de adultos. É fundamental entender que a criança fica no aguardo, na expectativa da hora que vai receber atenção dos pais, principalmente quando todos trabalham fora. Criança sem atenção fica ansiosa. É muito comum que apareçam distúrbios de comportamento ou sintomas físicos. Criança “querente” de atenção sem obtê-la fica “carente” e dê alguma maneira isso vai ser espelhado.


- Criança precisa de socialização
Desde cedo é importante que a criança compartilhe seus brinquedos e tenha a oportunidade de brincar com outras crianças da mesma idade.
Estimular a socialização dos filhos com os colegas, através de brincadeiras que envolvem o desenvolvimento e a interação em grupo, é muito importante para a vida saudável da criança.
Hoje em dia é necessário limitar o tempo gasto com a navegação na internet e com jogos eletrônicos para que as crianças não vivam isoladas, com prejuízo de sua socialização. Ter contato físico faz parte da interação entre as pessoas. Virtualmente, somos privados de parte importante dos nossos sentidos...
A família exerce um de seus papéis essenciais ao estimular a criação de vínculos afetivos. O amor precisa de calma para acontecer. O amor precisa de convivência, de conversa, de carinho, de momentos para compartilhar. Quanto mais a gente exercita a oportunidade de se relacionar afetivamente com alguém, mais nos sentimos também nutridos afetivamente.
Através de sua socialização, a criança começa a ser preparada para conseguir estabelecer relacionamentos afetivos saudáveis, porque aprende a ser solidária, aprende o valor da cooperação, da tolerância, do respeito, do companheirismo, da amizade. Aprende a conviver com as diferenças e a respeitá-las. Enfim, a criança passa a nortear seu comportamento por valores que precisam ser cultivados, exercitados, aprendidos e que serão facilitadores para sua saúde emocional, para seu futuro e vida adulta.
É preciso a família contribuir para a percepção e prática desses valores porque no mundo contemporâneo há muita pressa, há muitos apelos, há muita competitividade, há muita superficialidade e nada disso favorece o amor. Precisamos ficar atentos para não permitir que esses fatores fragilizem os laços familiares e minem a importância de “sentir”. Sentir nos permite escolher e as escolhas nos estimulam a agir!


- É preciso respeitar a individualidade
Os pais devem aceitar seus filhos como são e auxiliá-los a seguir o caminho que escolhem da melhor forma possível. Não adianta querer que seu filho espelhe quem é você, porque cada pessoa vem de uma história de vida diferente e a partir de suas experiências e vivências é que vai se construindo e criando mecanismos, instrumentos que se desenvolvem para ajudá-la em sua trajetória. Além da sua própria jornada, cada pessoa tem sua “alma” que independe do arsenal genético herdado dos seus pais. Não adianta querer que seu filho seja como você ou tentar realizar seus sonhos e apaziguar suas frustrações através de seu filho. Existem filhos que apresentam afinidades de temperamento e de personalidade com os pais e isso facilita uma convivência harmoniosa e outros que são totalmente diferentes, o que pode dificultar a convivência. É preciso saber conviver com as diferenças. Quando nos abrimos para aceitar alguém diferente de nós, aprendemos com as diferenças e descobrimos que existe muito no outro que pode nos enriquecer. A sensibilidade veste a nossa inteligência de sabedoria e isso só é possível através da flexibilidade! A sensibilidade é que permite aos pais identificarem a verdadeira essência de seus filhos com suas virtudes, suas dificuldades, e seus talentos. Assim, é possível ajudá-los a se desenvolver da melhor forma dentro de suas características, respeitando-lhes o jeito de ser.
Eu gosto muito de dizer que a inteligência sem sensibilidade é tal como agulha sem linha. A vida precisa ir sendo costurada ponto a ponto. Às vezes é preciso afrouxar um pouquinho o ponto para o tecido não ficar enrugado e deformado. Entretanto, há ocasiões que é preciso um nó bem firme, bem reforçado para o ponto não arrebentar e o tecido desfiar. Encontrar equilíbrio entre dar e puxar a linha requer sensibilidade e inteligência. Precisa de sabedoria.

Muitas vezes falta oportunidade ao profissional da saúde para propor uma interferência benéfica, afinal, quase sempre, a queixa principal durante as consultas pediátricas está relacionada às desordens físicas. Quando a criança é levada ao pediatra exclusivamente por algum sintoma emocional é porque a situação já chegou a um limite insuportável.
A Homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e tanto na prática pediátrica, quanto na prática clínica se mostra muito eficiente em estimular a observação e a percepção do paciente sobre si mesmo e sobre o outro. Exercita o olhar para uma melhor compreensão de atitudes, desejos e pensamentos. A finalidade do medicamento homeopático é ajudar a retirar os véus que podem turvar a visão clara da realidade e facilitar o encontro de soluções harmoniosas dentro de nossas possibilidades individuais de sentir, de ser. Podemos dizer que, quando bem selecionado pelo médico homeopata, o medicamento homeopático facilita a melhor expressão de nós e, assim, é um ótimo auxílio terapêutico à resolução de conflitos pessoais e familiares.
(autora: Cris Lopes)