Nascemos, crescemos e morremos...
É tão simples o ciclo em si.
Contudo, viver encerra muito mais do que existir.
Para viver é preciso ser e para ser é preciso vibrar!
Vibrar é potencialidade em ação, em intensidade.
Vibrar é deixar a vida fluir sem obstáculos.
Infelizmente, algumas vezes, os sofrimentos nos enlaçam inesperadamente.
Cruelmente nos esvaziam da alegria vibrante que permeia a vida dos bons de coração.
E, a princípio, continuamos a existir por simples fisiologia.
Pensamos que não seremos capazes de suportar, que sucumbiremos à loucura
ou que jamais reencontraremos a nossa alma.
Como viver sem vibrar?
Como existir sem viver?
Como ser obscuro rascunho de si próprio?
Arrebatados dos sonhos idealizados,
Somos lançados ao abismo mais profundo...
O abismo interior, recôndito lugar. misterioso e sombrio.
Ficamos quietos: sozinhos e encolhidos. Diminuídos, ressecados.
Somos crianças velhas: choramos, soluçamos e desidratamos.
Claro que o abismo, invisível aos olhos humanos, pode acontecer enquanto falamos, caminhamos ou trabalhamos.
O processo é todo visceral e corrosivo. É íntimo e secreto. Mata como veneno silencioso.
E, quando você está lá, no seu próprio e solitário abismo, perdido de si, sem aparente saída, começa a pensar em Deus.
Pergunta a Ele: por que, Deus? O que fiz para merecer esse sofrimento?
Talvez, você não encontre respostas aqui e agora.
No entanto, com os pés firmados no âmago de si mesmo, você olha para cima e vê o céu se abrir,
a dualidade da existência, a respiração do universo que conspira por nós...
E a vida continua, esteja ela em qualquer dimensão, desejosa de pulsar.
Assim, compreendemos que no amor não há lugar para o medo, a culpa, o ódio.
Que merece saudade quem nunca desejou partir...
Que o mal que nos fazem não consegue adoecer nossa natureza boa por muito que seja...
Que amigos de verdade nunca fecham suas portas quando pedimos ajuda...
Que há pessoas que verdadeiramente e incondicionalmente nos amam
E são elas os nossos tesouros eternos...
Assim renascemos, renovamos nossos sonhos e VIBRAMOS!
(Autora: Cris Lopes)