sexta-feira, 4 de abril de 2014

A temporalidade do ser




Escutamos que viver no presente é necessário para a manutenção da saúde. A nostalgia do passado e a perspectiva do futuro podem ser nocivas ao equilíbrio emocional gerando estados de humor como  saudosismo triste ou antecipação ansiosa. No entanto, sem aprisionamentos ou exageros, é possível encontrar o sentido e a importância de cada fase de nossas vidas, oferecendo a todas o merecido valor e reconhecimento, já que o passado é nossa história construída, o presente é o que estamos vivendo na realidade e o futuro é onde a gente pode se projetar.... 
Todos os momentos vividos são essenciais à construção do que somos e de como estamos nos situando com os acontecimentos que se desenvolvem ao nosso redor e de como nos relacionamos com outras pessoas nas diversas esferas de nossa existência. O amadurecimento do ser de hoje resulta do arsenal adquirido experimentalmente no passado. No presente, a vontade, a disposição para estarmos abertos à novas experiências transborda entusiasmo e, no futuro, sabemos que poderemos concretizar muitos sonhos e encontrar oportunidades únicas para aprender mais com a imprevisibilidade que permeia o viver....
E, ao longo da linha da temporalidade do ser, o maravilhoso é se perceber diferente, vertendo desejos e sentimentos, ultrapassando medos e dificuldades, superando perdas e dores, recebendo, com gratidão, amor e alegrias... Sentir que nos construímos com autenticidade, sem qualquer tipo de aprisionamento ou limitação, porque somos realmente livres para escolher e assumir com responsabilidade os erros ou acertos de nossas decisões.

Existe realização mais plena do que a que surge da prática de se entregar à vida? Isso me remete à Viktor Frankl:
"Tomar uma decisão é arriscar-se a dar o salto apoiado na vivência interior de uma esperança!" Simplesmente muito significativo...
(autora: Cris Lopes)
"Pois viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar - transformar-se."
Lya Luft



Como é ser mulher hoje em dia?

A sociedade está vivendo uma crise ética que atinge os comportamentos e, por consequência afeta a diversidade de relacionamentos de forma contundente.
Assistimos situações que nos comprovam que a liberdade e a independência femininas estão em crise, porque são vivenciadas como estereótipos equivocados nos quais a responsabilidade é negligenciada. A responsabilidade é que oferece à liberdade o aconchego, a proteção, o contorno carinhoso de quem se gosta e conhece o seu valor...
Em contrapartida, os homens antes confusos com as novas perspectivas femininas, hoje são direcionados pelas próprias experiências pessoais e pela mídia a assumir uma postura descompromissada de afeto.
Mulheres da minha geração conhecem muito bem o significado do que é "ser reprimida", entretanto, hoje, assistimos essa jovem geração de mulheres, que dispõe de tantas conquistas e oportunidades de escolhas, muitas vezes, capengas de amor próprio e autoestima. Jovens mulheres que desvalorizam homens educados, atenciosos e carinhosos. Como se essas virtudes básicas fossem características de "neuróticos grudentos" ou que refletem exageros. Ter "boa pegada" inclui um homem ter uma atitude que "beira" (estou sendo benevolente) o desprezo, a falta de educação, a falta de respeito, a falta de cuidado...
E, por essa vertente de pensamentos e desejos, ocos de sentido, o amor vai se ausentando das relações e desaparecendo da face da Terra. Exagero meu?
Há poucos dias, num programa de TV, em horário nobre, ouvi o seguinte depoimento de uma jovem mulher: "ah, não gosto de homem com o jeito dele- muito carinhoso- gosto de homem que não me dá muito ideia". Ou seja, ela não quer e não gosta de ser bem tratada. Aliás, "os tratamentos verbais" refletem algo semelhante: uma moça entrou no elevador comigo há algumas semanas. O namorado deu um tapinha no braço dela e falou "vou esperar você na praça. Não demora, CACHORRA". Ela sorriu, ao meu lado, orgulhosa do "seu bicho homem" chamá-la de CACHORRA na frente de todos, inspirado anti romanticamente em algum "sucesso musical" e a alertando para não demorar no médico. Acompanhá-la? Nem pensar! Esperá-la? Só por pouco tempo! Esse é o cara! Acreditem... E, nesse contexto, o cara da música do RC que ainda manda flores, que abre a porta do carro e do seu coração é um tremendo bobão, que, no mínimo, não desperta o interesse dessas mulheres que cultuam a falta, a dificuldade, a escassez...
E, nesse caminhar do passado ao presente, a submissão trocou de roupas: ganhou biquínis, minissaias, decotes... Mulheres, das gerações mais antigas, que desconheciam a independência feminina, sabiam que fazia parte do seu "dever de esposa" satisfazer os apelos sexuais de seus maridos. O homem era o provedor e a mulher a subserviente... Agora, é diferente: mulheres conquistam seus objetivos, são independentes. Não precisam se submeter às vontades de seus maridos porque são sustentadas; porém, surpreendentemente, continuam fazendo sexo com seus parceiros mesmo quando não estão com vontade. E, nesse ponto específico, na minha prática pessoal, como médica, afirmo que o % apresentado por pesquisas é muito inferior à realidade. Grande parte das mulheres com as quais converso afirmam que cedem para "não arrumar problema"- por medo de abandono ou porque não se sentem com disposição de conversarem mais sobre algo que não tem jeito.
E, entre as mulheres que vivem com velhas ou novas migalhas, há aquelas que desistem de acreditar que possam construir uma relação profunda. Preferem viver sua liberdade sexual sem comprometimento. Não há sonhos nem expectativas- só a colheita da realidade crua e nua, sem decepções, sem desilusões ou sem uma surpreendente realização!

Há de se encontrar o caminho do meio- aquele que não promove a disputa de quem vai caminhar a frente a ponto de se deixar caminhar sozinho, esquecendo que existe "ao lado"; aquele que oferece a aliança da oportunidade de escolher e ser livre com o cuidar-se bem, o se dá valor, e saber o que realmente quer e merece; aquele que proporciona sonho à realidade e que permite a experimentação do prazer livre de preconceitos e pleno de sentimento- Uma mulher com os pés bem fincados no chão, mas com a cabeça livre para passear nas nuvens sempre que desejar...

(autora: Cris Lopes)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Macaquinhos- de imitação?

Macaquinhos- de imitação?
Penso que o exercício de nossa cidadania é tão falho quanto o desempenho do Estado e que entre esses dois extremos, que não são efetivos, surgem distorções que nos distanciam cada vez mais do sentido de humanidade e justiça. Então, surgem situações, a cada momento, que nos fazem pensar: como assim? Como isso é possível? Presidente pode gastar o que quiser numa diária de hotel? Mas o dinheiro é nosso! Ficha limpa é importante para político só antes de eleito? Depois vai depender dos conchavos! Político é ladrão conforme o partido? Quem não sabe onde encontrar o Maluf, me diga. Doente mental em crise pode ser amarrado no tronco? Numa política surreal que luta por acabar com as internações psiquiátricas é bem complicado encontrar solução imediata para surto psicótico agressivo. Mendigo pode ser queimado vivo? Poder não pode, mas a punição aos culpados quase sempre é capenga. Jogador de futebol negro pode ser humilhado durante uma partida inteira de futebol sendo comparado a macaco, sem, no mínimo, o jogo ser interrompido? Essa é fresquinha! O fato é que nem juiz, nem técnico, nem administrador de estádio, nem FIFA, nem o próprio jogador, nem os colegas do time, nem o time adversário NINGUÉM FEZ ABSOLUTAMENTE NADA! Têm que desclassificar o time? Acho que essa é mais uma inversão de valores- a punição equivocada. Os torcedores é que agiram errado! Na hora tinha que parar o jogo- se não tem condição para existir uma partida, ela precisa ser suspensa! Não seria suspensa numa tempestade de granizos? Racismo é crime! Constranger uma pessoa por ela ser negra é crime! Crime constitucional! Precisa é ter investigação policial- procurar nas filmagens, identificar quem ficou imitando macaquinho e mandar prender. Passar pela vergonha de ser fixado numa delegacia, pagar multa para não dormir no xilindró, etc... Leis existem para garantir direitos iguais a todos. Leis existem para punir quem não sabe usar seu direito de liberdade com responsabilidade. Leis existem?
E qual é a solução para tantos disparates e crimes?

Acho que para qualquer solução ser alcançada é preciso mudar paradigmas, começando pela educação. Necessitamos de uma educação mais adequada a estimular a curiosidade, o interesse e a inteligência; enfim capaz de estimular o ser de uma forma integral. No entanto, assistimos o contrário- as crianças entram na escola super curiosas, algo inerente a própria natureza infantil e no final de 2, 3 anos de ensino já acham que estudar é chato ou cansativo.
O ensino no Brasil valoriza avalanches de matérias como se isso fosse garantia de cultura, de inteligência ou de competência. Sensibilidade, percepção e criatividade não são focadas. O objetivo maior é passar no vestibular e garantir o acesso a uma boa universidade. Os valores éticos estão sendo lançados para o fundo do baú. As pessoas estão preocupadas em adquirir, em ter, em detrimento do ser.
Que tipo de cidadão está sendo formado com essa mentalidade? O que é uma pessoa "bem sucedida"? O que é uma pessoa "bem preparada"? Quais são os valores que constroem a sociedade atualmente?
Sabemos que o conceito de Liberdade implica em outro que é o de Responsabilidade. As pessoas exercitam liberdade com responsabilidade? Num país, no qual as pessoas são educadas para serem massificadas por um sistema que não valoriza seus potenciais naturais, há terreno propício para o desenvolvimento de um Estado democrático de fato?
Não somos educados para sermos questionadores ou para lutarmos pelos nossos direitos. Não somos educados para sermos inovadores ou para promovermos diferenças... Nem pelas escolas nem pelas famílias... A maioria dos pais só fortalece a cobrança das escolas. Desejam que seus filhos estudem em colégios “fortes” e que se enquadrem “no que é”! Comparam a “quantidade de matéria” entre os colégios – quanto mais, melhor! No ensino público não é diferente- o ideal para os pais é que a escola se aproxime ao máximo “do que é oferecido” por uma escola particular “de nome”!
Enfim, somos ensinados a não gostar de pensar! E quem pensa diferente é discriminado! E quem gosta do que não é ensinado na escola é pressionado a colocar sua curiosidade, no mínimo, em segundo plano. A criança não é estimulada a desenvolver suas próprias habilidades e, assim, descobrir seus verdadeiros interesses. Quanto mais o ensino avança, mais complicado fica pensar, porque para pensar é preciso tempo, e tempo é o que não sobra com tanto conteúdo informativo, não formativo.
Carl Rogers, uma figura tão importante e tão respeitada quanto Sigmund Freud, apontava há dezenas de anos atrás para a necessidade de mudar o aprendizado e escreveu muitos livros voltados à pedagogia, abordando o assunto...
Entretanto, mesmo que os paradigmas escolares sejam alterados, essa mudança contribuirá para o futuro, porém precisamos encontrar soluções para o presente. Então, me pergunto se a solução é fomentar atitudes mais radicais ou fingir que nada está acontecendo ou transferir responsabilidades? Não vejo outra solução que não seja pela organização em grupo, o que fortalece e dá voz ao direito de todos. Se as pessoas de cada bairro se organizassem, se as reuniões das associações fossem contínuas e criassem espaço para discussão dos problemas de cada bairro, será que não surgiriam planos de ação eficiente?
É preciso despertar para o fato de que a maior munição que dispomos é a inteligência e o melhor armamento é a organização em grupo! Falamos muito em Estado Democrático, mas diante de tantos problemas básicos em relação ao exercício de uma cidadania eficiente, diante de tantos mecanismos de corrupção e impunidade, não é a democracia, DE FATO, um embrião que continua precisando de uma barriga adequada à sua gestação? No sense?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Eterno Sofrer? É preciso reencontrar-se com sua alegria!




 









(tela de Kátia Almeida)

Não adianta querer negar o sofrimento, as circunstâncias limitadoras ou as dificuldades que vão surgindo ao longo da vida. Resolve menos ainda prender-se a questão da intensidade ou a frequência como surgem. O que realmente opera toda a diferença é como você absorve e como você reage à sensação e à percepção da dor...
Queixar-se e entregar-se ao sofrimento sem nada buscar para transformá-lo é o seu consentimento para diferentes formas de adoecimentos físicos e mentais se instalarem no seu organismo. 
Focalize a sua atenção nos seus desejos e escolhas e opere as renovações necessárias para alcançar os seus objetivos. Permita que a alegria se intensifique e que o universo conspire a seu favor através de pensamentos e  atitudes positivos!
Não consegue? 
Há um ditado oriental que nos recorda que toda grande viagem começa com um pequeno passo. Então, a primeira  coisa a fazer é introduzir algo novo na sua rotina. Algo que você goste. Essa mudança será a oportunidade que você precisa para começar a viver mais feliz!
(autora: Cris Lopes)















Viver bem...
Não importa o quanto a dança seja bizarra, a questão é se entre um passo e outro você consegue se divertir e aproveitar a música do melhor jeito possível!

(by me)

Reflexão de minuto
















Quais as atividades que te dão prazer? Quais os relacionamentos que te proporcionam alegria? Quanto tempo do seu dia é dedicado à sua satisfação pessoal? Ao responder essas perguntas, você vai ter uma ideia de como anda a qualidade de sua vida. Se as três respostas refletirem plenitude, alegria, reconhecimento, abundância e envolvimento, então pode ter certeza de que você está sabendo viver do jeito mais saudável! 

Se as respostas não transmitirem sensações agradáveis para você, focalize em novas escolhas, mude a sua rotina e cultive uma vida com mais alegria e prazer, porque o poder de transformar a sua vida só pertence a uma pessoa: você!
(autora: Cris Lopes)

Perséfone

 
O espelho reflete mais do que uma imagem; revela a percepção de uma consciência única! Independente das circunstâncias externas, somos quem escolhemos ser...














Decido.
Abro a gaveta.
Escondo a tesoura.
Permanecerá esquecida.

Perséfone:
Pois eu vos digo que, nesse mundo, não haverá quem lhe corte os cabelos,
Muito menos alguém sem dentes!

Quando eu era bem mocinha
Irritava-me ouvir que nada sabia,
Pois jovem acredita
Na certeza corajosa,
Inventada,
De tudo saber...

Aos treze, cortei tranças,
E, ao encurtar cabelos,
Desconfiei de minhas confianças...

Aos dezessete,
O tempo trouxe-me o vento:
Escandaloso,
A bolinar árvores,
A levantar saias...

Desavergonhado, numa noite,
Emaranhou-me os cabelos,
Eriçou-me os mamilos, os pelos
Despiu-me sentidos...

O sol acariciou, na manhã seguinte,
Meu corpo, nos lençóis, camuflado,
Enfim desvelado, com mais de vinte...


Ergui-me.
Diante do espelho,
Ao meu lado,
A mulher contemplava-se recém-nascida.
Eu e ela buscamos detalhes,
Juntas, unidas, ungidas pela primeira vez:
Nos olhos, nos seios, nas mãos, no ventre, na tez, na nudez.
Senti-lhe as faltas: medo e pudor...
Reprovou-me, ela, a inspecionar-me, por sua vez,
A transparência: simplicidade sem cor
De unhas pequenas, lixadas bem curtas...
Logo, apressou-me mudanças:
Unhas longas, rubras,
Batom escarlate,
Salto alto,
Decote,
Seda negra,
Ancas curvas...

Janelas entreabertas.




O vento foge do tempo.
Brincam de pique esconde lá fora.
Folhas secas anunciam o outono.
Depois, solitário chegará ele- o inverno...

No entanto, aqui, dentro de casa,
A mocinha de tranças,
Perséfone, emerge!
Rodopia a roda,

Dá voltas
E se revolta!
Teima que outono não é não...

Enfeita-se de alegrias,
Corre, dança, se lança;
Sacode poeiras estáticas de ausências:
Saudades, presenças sofridas...
Cria primaveras como únicas estações.
Borrifa alfazema,
Com sonhos,
Nos mofos da vida!


(autora: Cris Lopes)

Quem Somos?

Somos o que nossos pensamentos fazem de nós, portanto é preciso cuidar bem do que pensamos.
As palavras e atitudes são reflexos, mas os pensamentos são energias poderosas, capazes de influenciar a intimidade de todo o nosso organismo: células, tecidos, órgãos... Pensamentos ganham vida e conseguem romper a barreira de espaços e viajar muito mais rápido, muito além do que suas fontes geradoras.
Corpo e mente são inseparáveis!

A postura corporal demonstra e comprova essa ideia. Tanto pode ser influenciada pelos nossos pensamentos quanto pode alterar nossas emoções: se há alegria, a região peitoral apresenta-se aberta, receptiva à vida; se há tristeza ou desânimo, a cabeça e os ombros tendem a abaixar e a caixa torácica a se fechar; a desconfiança e o medo fazem os braços serem cruzados na frente do corpo; a ansiedade faz com que os olhos pisquem com mais frequência e que os movimentos dos membros se intensifiquem... Por outro lado, nesses exemplos citados, as emoções podem, pelo caminho inverso, serem influenciadas pelo corpo. Uma pessoa triste, que levanta a cabeça, respira plenamente, abrindo a caixa torácica, com certeza vai aliviar sua tristeza! Além de sinais visíveis, perceptíveis ao olhar de quem observa, existem outros sinais ocultos, sentidos somente pelos indivíduos- são as sensações. Quem nunca sentiu uma palpitação de amor ou um aperto no peito por mágoa ou uma azia por nervosismo?
Podemos dizer que a saúde é um estado de harmonia de vibrações! Não dá para controlar as sensações e não é nada fácil cuidar bem de nossos pensamentos e emoções. Entretanto, a consciência é a ferramenta que dispomos e que oferece contornos, cada vez mais definidos com o amadurecimento, que o esforço de exercitá-la vale pelos seus benefícios!

(autora: Cris Lopes)
(nota: Não encontrei a confirmação do impressionista criador dessa tela- Cezanne?)

O OUTRO LADO DO EU

Urge a vida,
Vibra transformação,
Entre um sim e um não,
Sempre há dúvidas e certezas...

No ofício de decidir,
Livre, o caleidoscópio ser
Dá prova de existir!

E eis que ao mover-se,
Desenha aparências;
Infindável vestir-se,
Fragmentos do que é...

Assim, a luz o reflete,
E, jamais, o repete...
Bela imperfeição:
Já não é mais o que foi;
No futuro, outro será;
Permanente construção!

(autora: Cris Lopes)

sábado, 18 de janeiro de 2014






HOMOFOBIA=Preconceito= Pré-conceito= Pré-juízo=PREJUÍZO.

HOMOFOBIA= PREJUÍZO!

Tentar ou querer castrar o direito de uma pessoa viver a sua sexualidade e afetividade conforme deseja é mais do que preconceito, transcende a falta de respeito ao outro e se constitui em um ato fundamentalista.
Quando a homofobia ultrapassa os limites da pequenez de um mundinho medíocre particular e atinge, aniquila a vida de alguém é preciso que toda a sociedade clame por justiça!
Assassinos roubam mais do que liberdade, subtraem mais do que escolhas...
Assassinos aniquilam os sonhos e as vidas de jovens homoafetivos e, impiedosamente, transformam mães e pais em capengas emocionais!
O esforço necessário para suportar a dor que representa a perda de um filho por alguma doença já é bem angustiante. Requer perseverança, fé, coragem, desapego e tantas outras virtudes... Requer tempo, talvez mais tempo do que uma vida possa oferecer aos pais roubados...
No entanto, recuperar-se da perda de um filho cruelmente assassinado requer um milagre... Um milagre de perdão para expurgar a dor dilacerante das almas desses pais que, talvez, precisem do tempo de uma eternidade para alcançá-lo...

(autora: Cris Lopes)